Quando dizer ‘não’

Dar limites às crianças é muito importante para a formação. Talvez este seja o maior desafio dos pais nos dias atuais. É preciso, aos poucos, dar limites a certos comportamentos dos filhos. E isso passa por dizer ‘não’, atitude que deixa pais e mães inseguros, muitas vezes até com sentimento de culpa. Mas quando e como dizer ‘não’?

Não existe uma receita pronta. O importante é saber que tipo de adulto você deseja que seu filho se torne. Assim, é possível cobrar comportamentos, corrigindo a criança sem sentir culpa. Enfim, o ‘não’ deve ser usado somente quando for preciso.

O bebê de 1 ano já compreende o ‘não’. Aos 2 anos, a criança já entende que o ‘não’ pode trazer consequências, como um castigo, por exemplo. Em situações menos importantes, o ‘não’ pode ser deixado de lado. Se a relação deixar de ser agradável e os adultos adotarem apenas uma postura, a de quem tolhe, então é preciso repensar a frequência do ‘não’. Cuidado para não banalizar.

Para as crianças, é muito importante saber que tem quem cuida delas e que decide. É chato ouvir ‘não’, mas muitas vezes ajuda a criança em momentos de escolha que ela ainda não tem condições de optar.

Quando for dizer um ‘não’, olhe nos olhos, fale firme, mas sem gritar e ser autoritário. O objetivo não é assustar ou gerar raiva na criança, que precisa prestar atenção no que está sendo dito e, para isso, precisa estar calma.

 

Atenção!

Os especialistas lembram que, atualmente, existe uma “ditadura do prazer”, em que nenhuma vontade pode ser adiada. Muitos pais tentam fazer de tudo para não frustrar as crianças. A intenção pode ser boa, mas o resultado pode ser perigoso como a criação de um pequeno paraíso artificial para os filhos, onde qualquer desgosto é sanado com doces e presentes. Não esqueça que a frustração faz parte da vida. Ensinar os filhos a esperar e persistir faz parte do papel dos pais. Se os adultos não derem limites e não negarem alguns caprichos das crianças, elas não aprenderão a lidar com as adversidades que surgirem pelo caminho.

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